FALANDO DE SENTIMENTOS – FELICIDADE II

FELICIDADE

Por Beatriz Breves

Felicidade, qual ser humano que não quer ser feliz?

Eu arrisco a dizer que a felicidade talvez seja um dos sentimentos mais cobiçados entre as pessoas.

Há quem diga que felicidade não existe. Há quem diga que felicidade só acontece em alguns momentos. Mas Há também quem diga que felicidade é um sentimento que se instala de forma permanente ao fundo, na vida da gente. E eu me incluo nesta visão.

Eu já vi muita gente perguntar: – Como uma pessoa pode ser feliz? Qual seria a receita para se alcançar a felicidade?

Infelizmente, não há como apresentar uma receita.  E isso porque não há uma receita única. O ser humano não é uma máquina onde é possível inserir um programa que vai rodar todas as máquinas.

Cada ser humano é único em sua própria sensibilidade e subjetividade. E aí sim, nós podemos dizer que mesmo não havendo uma receita, há um caminho que se encontra no interior de cada um de nós, cabendo a cada pessoa buscar dentro de si os ingredientes para ser feliz.

Natural que se as nossas necessidades básicas não forem atendidas, por exemplo, se estamos passamos fome, vivendo na miséria, a tendência é nos afastarmos, e muito, da felicidade.

De fato, dinheiro não compra felicidade, mas vamos concordar que a falta de dinheiro, quando não se tem nem mesmo o suficiente para as necessidades básicas humanas de alimentação e moradia, essa falta sim, afasta a pessoa da felicidade e a direciona para a infelicidade.

A felicidade é acompanhada com mais de 500 sentimentos, o que a grande maioria das pessoas desconhece.

Seria assim como se cada pessoa se tornasse o maestro regente de sua orquestra de sentimentos. O que possibilita a cada um de nós executar a peça musical de nosso Eu que, instante a instante, vai sendo composta ao longo de nossas vidas.

Se estamos nos sentimos bem, por mais difícil que esteja se apresentando a vida, se torna mais fácil acessar o sentimento de tranquilidade para buscar recursos e enfrentar o problema. Mas se estamos mal, por mais benesses que estejamos recebendo, se torna mais difícil acessar o sentimento de paz e usufruir do que estamos recebendo da vida.

E é dessa forma que a receita pessoal e individualizada está em aprender a transitar pelos sentimentos e assim aprender a reger a música em permanente construção que cada um de nós somos. Música que se valendo dos tons e semitons de uma vida, se apresenta hora com a predominância da alegria, da tristeza, da dor, do amor, enfim, onde o conjunto da obra — o ser humano, até pela comemoração de ter a possibilidade de existência, tem tudo para ser felicidade.

Portanto, ser feliz é aprender a se ouvir enquanto pessoa e assim se tornar capaz de ir compondo o seu Eu com cada vez mais qualidade.  Ser feliz é também e, antes de tudo, se reconhecer humano, com tudo o que envolve ser humano — solidariedade, egoísmo, esperança, desilusão, enfim, um ser sensível que é e pertence à natureza. Ser feliz é dia a dia poder explorar e, assim, ampliar o reconhecimento interno do mundo dos sentimentos.

Quando chegar a noite se pergunte o que fez durante o dia e, mais, se pergunte o que sentiu em cada uma de suas ações.  Você se dará a oportunidade de se reconhecer como sendo mais que um corpo material, mas como um complexo vibracional capaz de sentir sensações e sentimentos.

Enfim, a Felicidade é um conjunto de sentimentos, ao mesmo tempo, um esteio para os sentimentos, assim como um resultado de sentimentos; de fato o sentimento de felicidade é uma aliança com a vida; é uma complexidade interna que nos faz sentir a alegria de viver, aquela alegria que nos faz feliz.

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